Um dos pilares da economia, as empresas de pequeno e médio porte se fortalecem a cada dia e são consideradas um dos motores do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Dados do SEBRAE de 2010 afirmam que entre as 5,8 milhões de empresas no país, 99,12% são de micro e pequeno porte. Somadas são responsáveis por 20% do PIB e 52% dos empregos do país.
Levantamento também do SEBRAE divulgado em março deste ano revela que as micro e pequenas empresas lideraram a criação de empregos com carteira assinada neste início de ano. Das 152.091 vagas abertas, 121.368 — ou seja, 79,8% — foram criadas por negócios com até 99 funcionários. Deste total, 69,6% foram vagas em empresas que possuem até quatro colaboradores.
Para Batista Gigliotti, master franqueado da Sunbelt Business Brokers, maior franquia de intermediação de compra e venda de empresas no mundo, acredita que “as micro, pequenas e médias empresas têm se mostrado consistentes em diversos cenários. Outro fator importante e que ainda é pouco explorado por essas organizações é que, com sua valorização de mercado, muitos investidores estão sendo atraídos a investir neste segmento, já que antes só enxergavam oportunidades em modelos prontos de negócios, como, por exemplo, as franquias”.
Existem inúmeros fatores que levam as empresas de pequeno ou médio porte serem comercializadas. Gigliotti explica que dos inúmeros motivos, “algumas comercializações são feitas após os filhos não aceitarem ‘tocar’ o negócio da família adiante. A aposentadoria e a falta de entusiasmo em continuar com as ‘portas abertas’ também são outros motivos que condiciona os empresários a comercializarem suas empresas, que, por sinal, vão muito bem das finanças”.
Comercializar uma empresa de pequeno ou médio porte no Brasil ainda não se tornou, como em muitos países europeus e norte-americanos, um hábito dos empresários. “Entretanto, este movimento começa a ganhar cada vez mais adeptos por aqui, uma vez que o mercado começa a oferecer opções de serviços profissionais voltados para esse objetivo. A consolidação do Brasil como potência econômica contribui — e muito — para o momento da troca de mãos e realizar parte ou o todo do capital investido na empresa. Por outro lado, esse processo deve ser intermediado por profissionais éticos, que atuem com confidencialidade e conhecimento do processo de venda de um negócio saudável", afirma Gigliotti.
Em: 29/7/2011
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