Perdeu o emprego e os benefícios? Empreender é a resposta!
Patrícia Barreto Gavronski
Hoje, a grande maioria dos estudantes recém saídos das universidades inicia suas carreiras com o objetivo de assumir, no menor espaço de tempo possível, cargos profissionais elevados dentro de grandes organizações, sejam elas nacionais ou internacionais. Dentro desse contexto, esses “candidatos a diretores” investem boa parte de seu tempo e recursos em atividades que proporcionem uma maior visibilidade dentro das empresas: estudam arduamente, aprendem vários idiomas, se atualizam em cursos de pós-graduação, MBAs, palestras, vestem-se com roupas de griffes e trabalham até muito tarde. Frequentemente, para viabilizar tantas atividades, deixam de fazer refeições corretamente, não praticam atividades físicas, reduzem o tempo dedicado à família e ao próprio bem estar.
Acontece que tudo isso é válido quando a idade é relativa, a energia é alta e a qualidade de vida ainda não é prioridade. Por outro lado, esses “candidatos a diretores”, quando conquistam posições de destaque, são reconhecidos não apenas por meio de altos salários, mas também com benefícios como automóveis de luxo (às vezes com motorista a disposição), seguros saúde do mais alto padrão, viagens para o exterior com a família, aluguel de imóveis em bairros afortunados, títulos de clubes de classe média alta, mensalidade das escolas dos filhos etc. Esses benefícios, além de alimentar o ego individual e profissional, ainda alavancam um padrão de vida na maioria das vezes acima da realidade da pessoa que os recebe, criando uma falsa sensação de situação financeira aparentemente estável para manter todos os benefícios.
Hoje, porém, é cada vez maior a incerteza de que um executivo – mesmo os mais graduados - permaneça por toda a vida profissional em uma empresa sólida. Para piorar, ter um bom currículo e uma boa experiência profissional não garante encontrar uma nova boa colocação, que na maioria das vezes está associada a uma boa indicação ou até mesmo a alguma sorte, pois essas vagas estão cada vez mais reduzidas. A situação fica ainda mais grave quando falamos daqueles executivos que estão chegando aos 50 anos, as maiores vítimas de uma prática cruel do mercado corporativo no Brasil: o profissional se encontra, na grande maioria das vezes, na plenitude de suas capacidades físicas e emocionais, mas já não é visto com tanta admiração pelo mercado e acaba em pouco tempo se desligando ou sendo demitido pela empresa. Com essa saída, seja voluntária ou involuntária, “saem junto” todos os benefícios conquistados durante a carreira, gerando uma queda brutal no padrão de vida do executivo e de toda sua família.
Muitas vezes, esses profissionais são pegos de surpresa, sem terem ao menos estudado com antecedências uma segunda estratégia, ou seja, um novo plano de ação para sua carreira, deixando-o dominado pela incerteza sobre o que fazer e dando origem a um problema bastante comum e difícil de administrar: a perda da auto-estima.
Retomar cargos de alto executivo é sempre uma tarefa muito lenta devido à falta de oportunidades ou a “idade avançada” para os padrões do nosso mercado. Neste momento, a alternativa mais viável e eficiente é EMPREENDER. E, para isso, estar um passo a frente é fundamental.
Para empreender é essencial ter iniciativa, disposição para o trabalho e uma reserva de capital que deve ser obtida ao longo da carreira executiva, acrescida do pacote indenizatório pela saída da empresa. A partir desses quatro requisitos, é fundamental buscar um apoio técnico especializada(o), ou seja, uma consultoria que oriente como e onde investir considerando os melhores negócios e oportunidades do mercado e quais são os segmentos e as redes de franquias em expansão. Essas indicações serão feitas avaliando, em conjunto, pontos importantes como o perfil profissional do potencial empreendedor para identificação e orientação do segmento de interesse e uma análise da sua capacidade financeira para investimento.
Mas a lição que deve ficar sempre em cartilha é: envelhecer é irreversível, chegar à diretoria de uma grande corporação é uma possibilidade, mas estar atento ao mercado e não perder boas oportunidades é uma meta permanente. Tenha sempre em vista uma segunda alternativa, avalie riscos, não tenha medo de novos desafios e invista em um negócio próprio com consciência e grandes chances de obter sucesso!
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