Fiesp coordenará fórum para inclusão econômica de deficientes

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - Fiesp, por meio do seu Comitê de Responsabilidade Social (Cores), passa a ser a entidade coordenadora executiva do Fórum Permanente de Empresas para Inclusão de Pessoas com Deficiência

Criado em 2003 pelo Instituto Paradigma – uma organização da sociedade civil de interesse público – em parceria com mais de 80 empresários, o Fórum Permanente de Empresas para Inclusão de Pessoas com Deficiência, visa discutir as dificuldades que as empresas enfrentam para cumprir a Lei de Cotas. De acordo com a Lei Nº 8.213, a empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% a 5% dos postos de trabalho com pessoas com deficiência. Como coordenadora executiva, a Fiesp tem por incumbência desenvolver estratégias para ampliar a inclusão econômica dessas pessoas nas empresas e na sociedade. Apesar de estar em vigor desde 1991, a lei só começou a ser cumprida, com o aumento do número de contratações de deficientes. Apenas no Estado de São Paulo, no primeiro semestre de 2006, já foram contratados 47.044 pessoas, mais do que em todo o ano de 2005, quando foram preenchidas 35.782 vagas, segundo a Delegacia Regional do Trabalho (DRT/SP). De acordo com Eliane Belfort, diretora-titular do Cores, a Fiesp na coordenação do Fórum prevê diversas ações para tirar o assunto do gueto e levá-lo à discussão no centro da sociedade. Entre elas está a criação de uma revista e de uma peça de teatro, que deverá reunir atores com e sem deficiência. Além disso, serão promovidas reuniões com representantes dos três setores da sociedade (governo, empresa e organizações não-governamentais), para discutir tecnicamente a questão, e realizar movimentos de conscientização voltados a pessoas com deficiência. "Por meio de uma empresa de distribuição de gás de cozinha, vamos divulgar os direitos do deficiente. Pois existem muitas pessoas que, por puro desconhecimento, não exercem esses direitos", disse Eliane. Para Guilherme Bara, diretor do Cores e deficiente visual, a capacidade de mobilização da Fiesp será muito útil para mostrar ao empresário que a contratação de uma pessoa com deficiência pode ser um diferencial competitivo. "Quando a empresa contrata apenas porque tem de cumprir a cota, cria um ônus, que poderia ser evitado se ela capacitasse o funcionário deficiente para se desenvolver como os demais", comenta Bara. Ele completa: "Todos nós temos deficiências. Só que umas são aparentes e outras, não. Portanto, à boa gerência de Recursos Humanos cabe procurar a eficiência". O Instituto Paradigma continua com a coordenação técnica do Fórum, que significa prestar consultoria aos setores público e privado, para viabilizar programas de inclusão social. Com metodologia própria, o Instituto garante a concretização e o cumprimento das exigências para a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Participam do comitê executivo do Fórum, as empresas HP, Vivo, Grupo Abril, PricewaterhouseCoopers, Serasa e Visanet.

Em: 7/2/2006

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